A idealização do projeto partiu do desejo da Daiichi Sankyo em realizar programas alinhados com sua visão para 2030: Ser uma empresa Inovadora de Saúde Global Contribuindo para o Desenvolvimento Sustentável da Sociedade, ou seja, além de oferecer inovação à saúde através dos medicamentos a empresa também tem o propósito de contribuir para o desenvolvimento da sociedade.² Dessa forma, imaginar necessidades do país e elaborar soluções que colaborem com a comunidade como um todo tem sentido de acordo com o propósito da empresa. Partindo desse princípio, considerando o tamanho e a diversidade encontrada no Brasil, foram identificadas oportunidades, e após algumas discussões e análises, ficou decidido mergulhar nas possibilidades da região amazônica, por ser a região com menos investimento de projetos sociais de saúde privados do país, dessa forma, o impacto do programa com certeza faria grande diferença na vida das pessoas e da sociedade.
A região amazônica é circundada pela floresta tropical amazônica, que cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende até a Colômbia, o Peru e outros países da América do Sul. É a maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade. Ela é atravessada por milhares de rios, entre eles o grandioso rio Amazonas. Entre as cidades ribeirinhas, com arquitetura do século XIX que datam início da exploração de borracha, destacam-se Manaus e Belém, no Brasil, e Iquitos e Puerto Maldonado, no Peru.⁴
A região possui aproximadamente 7 milhões de Km² e tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 20 mil km navegáveis e com o maior volume de água doce do planeta. 9 estados brasileiros compõem a região: Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato grosso, Maranhão, Pará, Amapá e Tocantins.⁵ ⁶
Por conta dessa magnitude, o maior desafio para implementar qualquer projeto na região é a logística, e especificamente em projetos de saúde, conhecer os costumes locais e o funcionamento do sistema também se tornam importantes para que o projeto contribua realmente com o bom desenho já oferecido pelo Sistema Único de Saúde brasileiro, o SUS.
Em uma pesquisa sobre as necessidades de saúde da região foram identificadas algumas doenças mais comuns, são elas: Hepatites Virais, Doenças Parasitárias, Malária, Dengue, DST/AIDS, Hanseníase, Febre Amarela e Tuberculose entre as doenças transmissíveis; e mortalidade materna e CCU (Câncer de cólon uterino) entre as doenças não transmissíveis .⁷ ⁸ ⁹
Especificamente em relação à saúde feminina foram encontrados alguns dados de acordo com as maiores necessidades da região: ⁹ ¹⁰
Dentro desse contexto ficou claro que o estudo de viabilidade de qualquer projeto na região evolveria: tempo de implementação, logística, conhecimento da saúde local, alcance, sustentabilidade, acompanhamento e parcerias locais.
Após uma análise estruturada das possibilidades de parceria, a Daiichi Sankyo encontrou na Américas Amigas propósitos próximos e uma real capacidade de atender aos importantes desafios da região no apoio a essas mulheres.
A experiência no atendimento de mulheres de baixa renda e a capacidade logística, por conta da carreta de mamografias, demonstraram ser um grande diferencial na execução desse projeto grandioso que tanto contribuiria para a sociedade.
Além de treinamento e capacitação de profissionais que atuam na área de câncer de mama e doação de equipamentos e insumos, a Américas Amigas tem a expertise de doar exames de detecção e diagnóstico de câncer de mama para mulheres em situação de vulnerabilidade social, seja por meio de ações em parceria com clíiniicas e hospitais filantrópicos ou ações em unidade móvel.
Com a parceria firmada, Daiichi Sankyo e Américas Amigas traçaram o propósito do projeto para balizar todas as ações necessárias:
“Disponibilizar acesso à detecção, diagnóstico de câncer de mama, treinamento de profissionais e navegação de pacientes em situação de baixa renda na região amazônica, incluindo mulheres de comunidades ribeirinhas.”